Quarta-feira, 26 Junho 2024
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E se em Portugal não tivesse acontecido o 25 de abril?

Preâmbulo do cenário:

Imaginem, caros leitores, um Portugal onde o dia 25 de abril de 1974 não se tornou o marco histórico que conhecemos. Uma nação que não viu os cravos florirem nas espingardas e os clamores pela liberdade ecoarem pelas ruas de Lisboa. Este exercício mental nos leva a explorar um caminho alternativo na história portuguesa, onde o regime autoritário do Estado Novo permaneceu intacto.

Vida Social:

A vida social sob um regime não democratizado como o Estado Novo seria marcada por uma atmosfera de opressão e medo. As vozes dissidentes seriam silenciadas, os movimentos sociais reprimidos e a liberdade de expressão reduzida a um sussurro temeroso. As instituições culturais estariam sujeitas a uma rigorosa censura, impedindo a livre circulação de ideias e perspetivas divergentes.

Trabalho e Economia:

No campo económico, a continuidade do Estado Novo poderia implicar em estagnação e falta de inovação. O corporativismo exacerbado poderia sufocar a iniciativa privada, tolhendo o empreendedorismo e a competitividade. A dependência de setores tradicionais da economia, como a agricultura e a pesca, poderia persistir, privando o país das oportunidades oferecidas pela modernização e diversificação económica.

Liberdade e Direitos:

A ausência do 25 de abril significaria a manutenção de uma realidade onde os direitos fundamentais dos cidadãos estariam constantemente ameaçados. A liberdade de associação, de imprensa e de reunião seriam severamente restringidas, deixando os indivíduos vulneráveis à arbitrariedade do poder estatal. A igualdade perante a lei poderia ser apenas uma ilusão, com certos grupos privilegiados mantendo a sua posição dominante.

Política:

No cenário alternativo, o panorama político seria caracterizado pela continuidade do autoritarismo e da falta de participação cívica. A democracia representativa estaria ausente, com o poder concentrado em mãos de uma elite governante. O multi partidarismo e o debate político pluralista seriam substituídos pela monotonia de um partido único, onde a dissidência seria impensável e punida com rigor.

O que seria melhor?

Ao contemplarmos esse cenário, é difícil argumentar que a sociedade portuguesa estaria melhor sem o 25 de abril. A conquista da liberdade e da democracia trouxe consigo avanços significativos em termos de direitos humanos, desenvolvimento social e político, e integração europeia. A abertura do país ao mundo e a consolidação das instituições democráticas têm sido pilares do progresso português nas últimas décadas.

O que seria pior?

Por outro lado, a ausência do 25 de abril teria perpetuado um regime opressivo e anacrónico, privando as gerações futuras das oportunidades e aspirações que tanto valorizamos hoje. A estagnação económica, a repressão política e a falta de liberdades individuais teriam lançado Portugal num ciclo de retrocesso e isolamento, distanciando-o do caminho de desenvolvimento e modernização.

Conclusão:

Em última análise, ao refletirmos sobre o que teria sido Portugal sem o 25 de abril, somos confrontados com a magnitude das conquistas alcançadas e a importância de preservar e fortalecer os valores democráticos. O 25 de abril não é apenas uma data no calendário, mas sim um símbolo de esperança, coragem e determinação para construir um país mais justo, livre e próspero. Devemos honrar o legado da Revolução dos Cravos, mantendo viva a chama da democracia e do progresso em Portugal.

Jose Salgueiro
Jose Salgueirohttps://bonscostumes.pt
Firme e de Bons Costumes.

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